O pequeno Wilson acreditou no seu sonho, sonhou com a bicicleta e começou a orar neste sentido. Parecia não ser difícil para Jesus, pois a festa já estava planejada e o que se falava na igreja é que iam ser sorteadas 4 bicicletas: uma havia de ser sua.

De vez em quando o adversário tentava semear a dúvida no seu coração, mostrando que haveria muitas crianças competindo pelo mesmo sorteio e ele poderia sair decepcionado. Mas o menino permanecia irredutível: Jesus não ia abandoná-lo.

Finalmente chegou o dia da festa e o pequeno Wilson nem dormiu direito. Foi o primeiro de sua casa a acordar: _É hoje o dia? Perguntava aos pais. _Vamos levantar! Exclamava. E assim foi até a hora da festa.

Quando a Igreja abriu, Wilson foi um dos primeiros a chegar e a foto oficial registrou seu desejo e sua confiança abraçando o cobiçado brinde. Sua mãe testemunhou o quanto o menino orava para Jesus interferir a seu favor no sorteio. A festa foi maravilhosa, com muita animação e adoração a Deus. As crianças brincaram a valer.

Chegando a hora do sorteio constatou-se que realmente o Senhor Jesus influiu no resultado, mas não a favor do Wilson, pois a contemplada foi uma menina igualmente necessitada e que poderia tornar a bicicleta muito mais útil. A felicidade expressada pela sortuda foi uma das maiores recompensas que os organizadores do evento poderiam receber.

Fatos com esse acontecem aos milhares neste mundo de nosso Senhor: muitos oram, mas só um recebe o prêmio. Essa estória seria corriqueira, não fosse o desfecho incomum.

Os organizadores do evento saíram preocupados com o abalo que poderia ocorrer na fé do menino, pois ele estava muito confiante na resposta da oração. Poucas vezes se vira na igreja tamanha fé expressada por uma criança. E o mais triste é que seus pais não tinham a mínima possibilidade de consolar seu coraçãozinho com algum paliativo. O jeito era convencer ao pequeno Wilson que continuasse orando.

Wilson, um menino como tantos outros, não reagiu como a maioria de nós: ao invés de se entristecer, ele aumentou a dose de fé e continuou orando. E enquanto ele orava, Jesus trabalhava. De pouco em pouco o Senhor Jesus foi amolecendo alguns corações duros e também foi abençoando a conta bancária de alguns até que, dois meses depois, chegou o natal.

Ninguém podia esperar que Wilson fosse ter sua oração respondida naquele natal. As condições de vida em sua casa estavam dificílimas. Na igreja ninguém falava em presentes ou sorteios. Para o menino restava a opção de continuar crendo (e orando). Ele tinha ouvido no Culto Infantil que Jesus dissera: “E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis.” – (Mateus 21.22).

Ao final do culto nada tinha acontecido, até que alguém o chamou a uma sala reservada, onde havia algumas bicicletas e lhe perguntou: _Você não orou pra Jesus te dar uma bicicleta? Agora pode orar agradecendo! O susto se transformou em alegria e a alegria em gratidão. E a oração de agradecimento foi uma das mais comoventes que já presenciei. Para o pequeno Wilson, realmente, valeu a pena acreditar!

Autor: Carlos Ribeiro