Prefácio
Propósito: Para convencer Filemom a perdoar seu escravo foragido, Onésio, e para aceita-lo como um irmão na fé.
Autor: Paulo
Audiência: Filemom, que era provavelmente um membro rico da igreja em colossos, e todos os crentes.
Escrito em: Aproximadamente 60 D.C. durante a primeira prisão de Paulo em Roma, por volta da mesma época que Efésios e Colossenses foram escritos.
Cenário: Escravidão era uma coisa muito comum no império romano, e evidentemente alguns cristãos tinham escravos, Paulo não condena a instituição da escravidão em suas cartas, mas ele faz uma afirmação radical, quando chama o escravo de Filemom de seu irmão em Cristo.
Pessoas Chave: Paulo – Filemom – Onésio
Características especiais: Esta é uma carta privada e pessoal a um amigo.
Introdução
Esta epístola de Paulo ao seu amigo Filemom (vs. 1,17) ocupa um lugar único entre os escritos do Novo Testamento. É a carta paulina mais breve e, além do mais, a única de caráter absolutamente pessoal. O apóstolo, já velho (v. 9), está preso em alguma prisão de Roma, Cesaréia ou Éfeso. Timóteo (v. 1) e outros colaboradores (23-24) se encontram ao seu lado, mas ele, pela delicadeza do assunto que vai tratar, prefere escrever de próprio punho (v. 19), ao invés de ditar a carta a algum amanuense.
O destinatário é um crente chamado Filemom, pessoa generosa e de boa posição social a quem Paulo mesmo, provavelmente, houvesse levado à fé em Jesus Cristo (v. 19). Das referências feitas a Arquipo (v. 2, cf. Cl 4.17) e a Onésimo (v. 10, cf. Cl 4.9), ambos relacionados com Filemom ou com a igreja que se reunia na sua casa (v. 2), se deduz que os três tinham a sua residência habitual em Colossos.
Propósito
A razão imediata desta breve mas preciosa missiva surgiu no dia em que Onésimo se apresentou perante Paulo, provavelmente em busca de ajuda e proteção. A situação de Onésimo era muito delicada naquele momento, já que se tratava de um escravo fugido da casa do seu senhor, neste caso, Filemom. As leis da época, considerando delituoso o ato, o castigavam com enorme rigor, inclusive com a morte.
Não se sabem as razões da fuga de Onésimo (cf. v. 18). Em compensação, pode-se supor que conhecia pessoalmente o apóstolo, seguramente por tê-lo visto alguma vez na casa de Filemom. Isto explicaria o porquê de o escravo procurá-lo nas circunstâncias difíceis em que se encontrava.
Conteúdo e Estrutura
O relacionamento assim estabelecido entre Paulo preso e Onésimo fugitivo deu ao tema uma mudança radical ao converter-se o escravo à fé em Jesus Cristo (v. 10).
E Paulo, o preso, tem que agora tratar o problema de Filemom da perspectiva insólita de que este, dono frustrado do escravo rebelde, deverá recebê-lo de novo na sua casa, e “não como escravo; antes… como irmão caríssimo,… quer na carne, quer no Senhor” (vs. 15-16).
Havendo o apóstolo resolvido que o mais indicado seria o retorno de Onésimo para junto do seu senhor legal, exorta este a acolhê-lo e destaca: “como se fosse a mim mesmo” (vs. 12,17). Dessa forma, força-os a um reencontro e põe-lhes à prova a fé. Com a solução dada ao problema, Paulo, indiretamente, se pronuncia contra a escravidão, ao considerar o caso de Onésimo sob a perspectiva da lei do amor (cf. 2Co 10.3-5).
Esta exige, em nome de Cristo Jesus, que sejam derrubadas todas as barreiras e apagadas todas as diferenças de classe, causa principal de injustiça, opressão e violência entre os seres humanos (cf. Gl 3.28).
Data e Lugar de Redação
A Epístola a Filemom (Fm) é outra das chamadas “epístolas da prisão” (ver a Introdução às Epístolas). Revela uma grande afinidade com Colossenses, o que sugere que foi escrita na mesma época.
Embora não se possa precisar o lugar e nem a data da sua redação, tradicionalmente se considera que foi escrita em Roma, por volta do ano 61.
Esboço
Pr. Santos
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