Prefácio
Propósito: Para fortalecer os crentes em Éfeso em sua fé cristã explicando a natureza e propósito da igreja, o corpo de Cristo.
Autor: Paulo
Audiência: A igreja em Éfeso e todos os crentes em todo mundo.
Escrito em: Aproximadamente 60 D.C Em Roma, quando Paulo esta preso ali.
Cenário: Paulo tinha passado mais de três anos com a igreja em Éfeso. Como resultado ele era muito próximos deles. Paula se encontrou com os anciões da igreja de Éfeso em Mileto (atos 20:17-38) uma reunião que foi cheia de tristeza porque estava lhes deixando pelo que ele pensava ser a ultimas vez.
Por não existir nenhuma referência especifica a pessoas ou problemas na igreja de Éfeso e porque as palavras “em Éfeso “ (1:1) não estão presentes nos primeiros manuscritos, Paulo pode ter escrito esta carta para ser uma circular para ser lida para todas as igrejas na área.
Introdução
Mais do que uma carta, a Epístola aos Efésios (Ef) é um escrito doutrinário e exortatório, que revela no seu autor fundamentais interesses pedagógicos e pastorais. É uma reflexão sobre a Igreja, vista como Corpo de Cristo (1.22b-23; 4.15-16. Cf. Cl 1.18), e um sólido ensinamento sobre a salvação que Deus oferece aos pecadores (2.4-9).
Éfeso
Desde o ano 133 a.C., com uma população próxima a meio milhão de pessoas, Éfeso era a capital da província romana da Ásia e residência oficial do governador. Estava situada em um lugar privilegiado da costa do Mediterrâneo, com um porto de muito tráfego e uma importante via de comunicação com o interior da Ásia Menor.
Contribuía para aumentar o prestígio da cidade o culto à deusa Diana, em cuja honra se havia erigido um templo em Éfeso, ao qual devotos de “toda Ásia e o mundo” (At 19.23-41) acudiam em peregrinação. O Livro de Atos faz referência a duas visitas de Paulo a Éfeso. A primeira foi breve (At 18.19-21), mas a segunda se prolongou “por três anos” (At 19.1—20.1,31), um período cuja duração indica a importância da obra missionária realizada ali.
Próposito
As freqüentes alusões que o apóstolo faz, em outras epístolas, a Éfeso ou a pessoas relacionadas com essa cidade revelam estreitos laços de trabalho e afeto que o uniam à comunidade cristã estabelecida ali (cf. 1Co 15.32; 16.8; 1Tm 1.3; 2Tm 1.18; 4.12).
Contudo, na presente epístola, nota-se uma ausência quase total tanto de nomes próprios (exceto Tíquico, citado em 6.21) como das saudações pessoais que são habituais nos escritos paulinos. Isso leva a pensar que se trata mais de uma espécie de carta circular dirigida a diversas congregações.
O pensamento em torno do qual se estrutura a Epístola aos Efésios é a unidade da Igreja e de toda a criação sob o governo de Cristo ressuscitado (1.20-22a), pois vão “convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra” (1.10). Este é o propósito de Deus, mantido no oculto da sua sabedoria (3.10), o qual agora há de ser revelado universalmente por meio da Igreja (3.10-11).
Data e Lugar de Redação
Como ocorre com outros textos epistolares do Novo Testamento, também não há unanimidade de critério sobre a data e o lugar de redação dessa epístola, incluída no grupo das chamadas “da prisão” (ver a Introdução às Epístolas) por causa do testemunho do autor sobre a sua situação pessoal (3.1; 4.1). Tendo presente essa clara referência ao seu cativeiro, se tem pensado que a carta foi escrita em Roma, entre os anos 60 e 61 d.C.
Por outro lado, Efésios oferece algumas peculiaridades literárias de vocabulário e de perspectiva teológica que a diferenciam dos demais escritos paulinos, com exceção da Epístola aos Colossenses, com a qual tem muitas afinidades em temas, conceitos e expressão.
Conteúdo e Estrutura
O texto da carta é formado por duas seções principais. A primeira (1.3—3.21), de caráter doutrinário, se apresenta após algumas palavras iniciais de saudação (1.1-2). A segunda (4.1—6.20) contém uma série de exortações para se viver de acordo com a vocação e a fé cristã. Por último, um breve epílogo põe ponto final à carta (6.21-24). A seção doutrinária começa com um louvor a Deus (1.3-14), que nos escolheu em Cristo “antes da fundação do mundo” (v. 4) e “nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo” (v. 5).
Essa eleição e destino pertencem ao “mistério da vontade” divina, agora manifestado, de que tanto judeus como gentios são chamados a participar dos benefícios da redenção (1.9; 2.11-22). Em uma oração de gratidão e súplica pela fé e pelo amor dos efésios (1.15-23), Paulo evoca a grandeza do poder de Deus (1.19) e o senhorio único e definitivo de Jesus Cristo, cabeça da “igreja… plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas” (1.22-23).
O cap. 2 recorda aos leitores que, ainda que antes estivessem mortos nos seus “delitos e pecados” (2.1-3), agora são salvos pela graça (2.5) e fazem parte de um povo único, no qual não há diferenças de classe nem inimizade de raça (2.14-16), pois todos nele pertencem à família de Deus (2.19-22). O mistério da salvação dos não-judeus foi revelado pelo Espírito aos santos apóstolos e profetas de Cristo (3.5). E também o foi a Paulo (3.3), ministro como eles, escolhido por Deus para anunciar o evangelho aos gentios (3.8).
Na segunda seção, o apóstolo exorta a “preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (4.3-6), o que em nada se opõe à diversidade dos dons espirituais que devem estar sempre presentes na Igreja (4.7-16; cf. 1Co 12). A vocação cristã há de manifestar-se na renovação profunda da pessoa, com o abandono dos antigos hábitos perniciosos e fazendo conciliar pensamentos, palavras e atitudes com a realidade da nova vida em Cristo (4.22-24).
Os princípios do Espírito: “bondade, justiça e verdade” (5.9) devem governar o coração dos crentes e dirigir todos os seus relacionamentos humanos: de esposas e esposos, de pais e filhos e inclusive de senhores e escravos (5.21—6.9). Particularmente importante é a passagem de 5.21-33, onde o autor estabelece um paralelismo entre a unidade essencial de Cristo e a sua Igreja e a figura do matrimônio. A seção conclui com uma exortação a lutar contra o mal. A indumentária e as armas do soldado inspiram a Paulo a figura militar que achamos em 6.10-20, com a qual, mais uma última nota de despedida, termina o corpo central da carta.
Esboço
Pr. Santos
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