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Colossenses

Prefácio

Propósito: Para combater erros na igreja e mostrar que crentes tem tudo o que precisam em Cristo.

Autor: Paulo

Audiência: A igreja em Colossos, uma cidade na Ásia menor, e todos os crentes em todo mundo.

Escrito em: Aproximadamente 60 D.C durante a prisão de Paulo em Roma.

Cenário: Paulo nunca tinha visitado colossos. Evidentemente a igreja sido fundada por Epafras e outros convertidos das viagens missionárias de Paulo. A igreja no entanto, tinha sido infiltrada por relativismo religioso, com alguns crentes tentando combinar elementos do paganismo e filosofia secular com a doutrina cristã. Paulo confronta estes falsos ensinamentos a suficiência de Cristo.

Introdução

A informação que atualmente possuímos da cidade de Colossos é escassa. Sabemos que se erguia às margens do rio Lico, afluente do Meandro, a uns 175 km a leste de Éfeso; e que, do ponto de vista administrativo, pertencia à província romana da Ásia. Houve uma época em que gozou de certo prestígio comercial, mas a partir do ano 61 d.C., depois de um violento terremoto, entrou em processo de tanta decadência, que logo chegou quase ao desaparecimento total.

Também não se têm muitas notícias da igreja de Colossos, que, para Paulo, era pessoalmente desconhecida na data em que escreveu esta epístola (1.4; 2.1). Algumas vezes havia passado pela região de Frígia (At 16.6; 18.23), mas sem visitar a cidade. A pregação do evangelho naquela região da Ásia Menor havia sido confiada a Epafras, residente em Colossos (4.12) e talvez o fundador da igreja.

A ele o apóstolo se refere com claro afeto, chamando-o de “amado conservo” (1.7; cf. Fm 23) e relacionando-o com as comunidades cristãs de outras duas cidades: Laodicéia, onde possivelmente a igreja tenha chegado a ter certa importância, e Hierápolis (2.1; 4.13,15-16; cf. Ap 1.11; 3.14-22). Os crentes que se reuniam em Colossos constituíam um grupo principalmente de procedência gentílica, composto por pessoas que, na sua maioria, se não na sua totalidade, haviam antes professado alguma forma de culto pagão.

Propósito

Apesar da sua curta existência, a igreja já havia começado a acusar a infiltração de doutrinas que se desviavam do evangelho. Essa notícia, recebida por meio de Epafras, alarmou a Paulo, que se achava preso, possivelmente em Roma. Ao compreender os perigos que espreitavam a fé ainda recente dos colossenses (1.23; 2.4-8,16-23), lhes escreveu para alertá-los.

Depois, encarregou “Tíquico, irmão amado, e fiel ministro, e conservo no Senhor” (4.7), de levar a carta ao seu destino. Neste documento se revela a influência que alguns hábitos residuais das suas antigas crenças religiosas e costumes pagãos exerciam entre os crentes de Colossos (2.8,14-17). Eram formas de vida e de cultura difíceis de desarraigar, as quais, unidas à permanente pressão do meio social de Colossos e à incessante insistência dos judaizantes acerca da sujeição à lei mosaica (cf. 2.11-13,16), causavam confusão e inquietude na igreja.

Data e Lugar de Redação

Esta epístola oferece uma especial coincidência de nomes próprios com a dirigida a Filemom, também escrita na prisão. Mas o paralelismo mais notável se dá entre Colossenses e Efésios (ver a Introdução a Efésios). É provável que ambas pertençam à mesma época (os anos 60 e 61), o que explicaria a semelhança dos temas expostos, a forma semelhante de tratá-los e os paralelos de estilo e de vocabulário. Tradicionalmente se considera que Colossenses foi escrita em Roma.

Conteúdo e Estrutura

O corpo central da Epístola aos Colossenses (Cl) está estruturado em três grandes seções, precedidas de uma breve introdução (1.1-8) e seguidas de um epílogo que contém notas pessoais e saudações de despedida (4.7-18). Na primeira seção (1.9-23), Paulo dá graças ao Senhor pela fé dos “santos e fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos” (1.2), aos quais dá garantias a respeito da ação salvadora de Deus (1.9-14). Com um hino de elevada inspiração e beleza, proclama a soberania de Cristo sobre toda a criação (1.15-20): Cristo, “a cabeça do corpo, da igreja” (1.18; cf. Ef 1.22-23), “é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste” (1.17).

Mediante o seu sacrifício na cruz, redimiu o pecador (1.14) e o reconciliou e colocou em paz com Deus (1.20-22). A segunda seção da carta (1.24—2.5) se refere ao ministério de Paulo, à sua pregação do evangelho entre os gentios, aos que ele dá a conhecer os desígnios de Deus, antes secretos mas agora revelados em Jesus Cristo, que é a esperança gloriosa para todos quantos crêem nele (1.25-27; 2.2-3). A terceira e a quarta seções (2.6—4.6) instruem sobre os valores do evangelho da graça. Em Cristo “habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade” (2.9), e nele os crentes alcançam a sua própria plenitude (2.10-15); em conseqüência, devem abandonar atitudes e preceitos que não estão de acordo com a nova vida em Cristo (2.13-17,20-22) e buscar “as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus” (3.1).

Essa nova vida há de ajustar-se aos princípios da nova humanidade criada em Cristo (3.10): tanto no estritamente pessoal (3.5,8-9) como no que afeta a convivência na igreja, na família, entre as amizades ou no trabalho (3.5—4.1). O evangelho proclama a superação em Cristo de tudo o que conduz para o estabelecimento de diferenças hostis entre as pessoas, porque “Cristo é tudo em todos” (3.11). Em consequência, aqueles a quem Deus quis escolher têm o dever indesculpável de viver em recíproca disposição de humildade, perdão, paz e “amor, que é o vínculo da perfeição” (3.12-14). O epílogo (4.7-18) inclui uma relação de saudações na qual são mencionados vários colaboradores de Paulo. Entre outros, Tíquico, portador da carta; Onésimo, “que é do vosso meio” (4.9), Lucas, “o médico amado” (4.14).

Esboço

  • Prólogo (1.1-8)
  • 1. A excelência da pessoa e a suficiência da obra de Cristo (1.9-23)
  • 2. O ministério de Paulo (1.24—2.5)
  • 3. Advertência contra falsos mestres (2.6—3.4)
  • 4. A nova vida em Cristo (3.5—4.6)
  • Epílogo (4.7-18)

Pr. Santos

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