O livro de 2° Pedro1

Prefácio

Propósito: Para oferecer encorajamento a cristãos que estão sofrendo.

Autor: Pedro

Audiência: Cristãos Judeus expulsos de Jerusalém e espalhado por toda Ásia menor, e todos os crentes em todo lugar.

Escrito em: Aproximadamente 62 a 64 D.C.

Cenário: Pedro estava provavelmente em Roma quando a grande perseguição sob o imperador Nero começou ( Eventualmente Pedro executado sob essa perseguição.) Por todo o império romano, cristãos estavam sendo torturados e mortos por sua fé e a igreja em Jerusalém estava sendo espalhada.

Características especiais: Pedro usou diversas imagens que eram muitos especiais para ele porque Jesus tinha as usado quando ele revelou certas verdades a Pedro. o Nome de Pedro significa ( Pedra ou Rochedo) tinha sido dado a ele por Jesus. A concepção de pedro a igreja, uma casa espiritual composta de pedras vivas construídas sobre Cristo como fundação– Veio de Cristo.

Introdução

No ano 63 a.C., o general romano Pompeu conquistou Jerusalém. Desde então, os judeus, levados pelo profundo ódio e desprezo que Roma lhes inspirava, começaram a chamá-la de “Babilônia”, o nome da antiga cidade que evocava neles a imagem de um mundo pagão, blasfemo e corrupto.

A Igreja, como os judeus, também utilizou o nome de Babilônia para simbolizar a poderosa Roma imperial (cf. Ap 14.8; 16.19; 17.5; 18.2,10,21). E assim Pedro se refere a ela quando transmite aos destinatários da sua carta a saudação da igreja “que se encontra em Babilônia” (5.13).

Data e Lugar de Redação

A Primeira Epístola de Pedro (1Pe) não oferece dados que permitam identificar os seus leitores imediatos. Somente diz que viviam como “forasteiros” nos territórios de “Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1.1), cinco regiões do centro e Norte da Ásia Menor (atualmente Turquia).

Tratava-se, provavelmente, de pequenos grupos cristãos, compostos por convertidos de origem gentílica e que faziam parte da “Diáspora” ou “Dispersão”. Em geral, esses grupos deviam a sua criação à obra missionária do apóstolo Paulo e dos seus colaboradores (1.14,18; 2.9-10; 4.3). Ainda que não tenhamos indicações precisas acerca do tempo de composição desta carta, acredita-se que foi muito próximo do ano 64, em Roma, pouco antes da grande perseguição que Nero desencadeou contra os cristãos daquela cidade.

Propósito

O texto de 1Pedro está redigido em um grego de notável nível literário. Em 5.12, aparece um dado interessante: “Por meio de Silvano… vos escrevo”. Isso pode significar que, mesmo que Pedro seja o autor e assinante do texto, para a sua redação contou com um secretário erudito.

E, visto que Silvano é a forma latina do nome aramaico Silas, é possível supor que aqui se trata daquele que foi companheiro de viagem e colaborador de Paulo (At 15.22—18.5; cf. também 2Co 1.19; 1Ts 1.1; 2Ts 1.1). O objetivo principal desta epístola é animar os seus leitores a manterem, em meio a aflições e perseguições, uma conduta pura, digna daqueles que professam a fé em Jesus Cristo (1.6-7; 2.12; 3.17; 4.1,4,12-16,19).

Junto a esse objetivo primordial, os ensinamentos que a carta contém aparecem antes de mais nada como o indispensável suporte de uma exortação pastoral.

Conteúdo e Estrutura

Depois de uma breve saudação (1.1-2), o autor introduz o tema geral do plano da redenção preparado por Deus (1.10-12) para aqueles que põem a sua fé em Jesus Cristo, uma fé que é “muito mais preciosa do que o ouro” (1.7) e cuja meta “é a salvação da alma” (1.9).

Dirige depois uma série de conselhos e recomendações aos crentes (1.13—2.10), que são “raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus” para anunciar “as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (2.9). O autor alenta os cristãos a atuar de tal maneira, que em tudo sejam exemplo (2.11—4.6), inclusive em situações em que a sua boa conduta poderia parecer incompreensível à vista do mundo e trazer sobre eles menosprezo e hostilidade.

Esta seção contém também conselhos referentes ao cumprimento do dever nos diversos casos que estabelecem as relações humanas (2.13-14,17-18; 3.1-7) e ao comportamento que corresponde a uma verdadeira comunhão fraternal no âmbito da igreja (3.8—4.11). Esta comunhão tem como base o amor e deve ser objeto da maior solicitude porque “o fim de todas as coisas está próximo” (4.7). A parte final desta seção inclui uma nova exortação para manter firme o testemunho da fé.

Os crentes, sendo “co-participantes dos sofrimentos de Cristo”, também o serão da sua gloriosa revelação (4.12-19). Alguns conselhos a pastores e responsáveis pela igreja (5.1-4) e outros aos crentes em geral (5.5-11), mais algumas breves saudações da parte da igreja “que se encontra em Babilônia… e de meu filho Marcos” (5.13-14), põem ponto final à epístola.

Esboço

  • Prólogo (1.1-12)
  • 1. Regenerados para uma viva esperança (1.3-12)
  • 2. Conselhos e recomendações aos crentes (1.13—2.10)
    a. Chamado a uma vida santa (1.13—2.3)
    b. Chamado a aproximar-se da Pedra Viva (2.4-8)
    c. Chamado a proclamar as virtudes de Cristo (2.9-10)
  • 3. Exortação à vida cristã exemplar (2.11—4.6)
    a. Vivendo como servos de Deus (2.11-25)
    b. Vivendo como servos na família (3.1-7)
    c. Vivendo como servos na conduta diária (3.8—4.11)
    d. Participando nos sofrimentos de Cristo (4.12-19)
  • 4. Recomendações aos anciãos e jovens (5.1-11)
  • Epílogo (5.12-14)

Pr. Santos

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